sexta-feira, 7 de setembro de 2012

India pega a laço!


India pega a laço!



"Em 1583, Frutuoso Barbosa, ajudado pelos espanhóis, iniciou contra os índios a luta que durou vários anos e só terminou quando o chefe Pirajibe resolveu passar para o lado dos portugueses. Na foz do rio Paraíba foi fundado o Forte de São Filipe e, pouco acima, a cidade de Filipéia de Nossa Senhora das Neves, atualmente João Pessoa, capital do Estado."

MInha Bisa contava que a sogra dela fora pega no laço e que tivera 28 filhos com seu "caçador", dando origem ao meu Bisavô, de nome Severino, apelidado de Papai Canario, pois além de criar passarinhos, também cantava e encantava com suas cantigas da roça, o que a fez apaixonar-se por ele.

Minha Bisa chamavas-se Rosa, para os íntimos, mãe Rosa, moça de porte grande, bem mais alta que `Papai Canário", olhos de um azul iluminado e cabelos com cheiro de óleo de coco. Aos 94 anos não necessitava de óculos pra costurar, a mão seus próprios vestidos de chita, com estampa pequena e clara, como preferia. Sua memoria invejava os mais moços, só de olhar em nossos rostos identificavao- nos na árvore genealógica da familia e, pra completar, contava-nos a historia, sempre rica em detalhes, de como se passou os enlaces de nossos pais, até nosso nascimento.

Nesta idade, casualmente descobriu que tinha diabete, mas teimosa como ela só, não queria médicos, fazer dieta era um castigo... morava no sertão da Paraíba, poucos recursos, pouca instrução e muita teimosia não a permitiram que amputasse o pé, quando este granguenou, Ela dizia: Nasci inteira, quero morrer inteira!

Sobre a dieta protestava:

"Como pode! Cês querem é que eu morra mais rápido e com fome? Sabe lá pronde vou? E se lá não tiver comida, volto pra atentar ocês..."

Belo dia, depois de muitas visitas, inclusive a minha, acordou de madrugada varada de fome, havia passado o dia todo vendo as visitas se empanturrarem de galinha a cabidela, fode de abóbora, suco de graviola e ELA, a base de chá sem gosto e bolacha de água e sal, além de uma canja com as sobras da galinha...

Na casa, todos dormiam, ergueu-se da cama, outro item incomodo, tava acostumada era com rede, mas o povo insistia que devia usar a cama, com aquele colchão duro, feito de mato; Tateou até a cozinha, na intenção de verificar possíveis sobras do farto almoço, creio eu, panelas vazias era o que havia sobre a mesa, o fogão de lenha tava aceso, só pra mode aquecer a casa e manter a água de lava pés dela no ponto de quentura.

Decepcionada, respirou fundo...então, sentiu o cheiro que vinha de baixo da mesa, ô cheirinho bom...era de jaca, tava lá inteirinha, ainda fechada. Com muito custo, puxou a danada da jaca pro quarto, sentou-se na beira da cama e tascou-se a comer bago a bago, encheu-lhe a pança!

Quando a casa por fim despertou, acharam Mãe Rosa debruçada sobre os caroços da jaca devorada na madrugada, seria cômico, e tragico não fosse, vê-la ali de bucho cheio, sem o risco de partir desta vida com fome...

A glicose superara sua gula e ela, moribunda, parecia rir-se de todos nós sua voz ecoava em minha mente:

" morro, morro, mas vou é de bucho cheio, que não sei o que me espera..."

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Desfile Civico 2012

Ontem (06/09/2012) aconteceu o primeiro desfile cívico do EDI  Renan de Souza Leal, onde  trabalho.

Apesar do improviso, pois crianças são imprevisiveis, tudo ocorreu bem.
Como de costume, a participação dos responsáveis foi total, chegaram na hora, ajudaram a carregar algumas faixas e bandeiras, cantaram e marcharam junto com a criançada, um exemplo lindo de comprometimento e amor para com nossos futuros cidadões. Aos pequenos, a festa...





Não é todo dia que eles saem do espaço interno para a praça, que fica ao lado, ainda mais vestidos de soldados, com direito a plateia e muitas fotos, todos brilharam;  a Direção, as tias e também a equipe de apoio engajadas no objetivo único de realizar o melhor de nós em razão dos nossos alunos.







Na turma EI 31 (maternal II) as crianças gostam muito da musica : Pequeno Cidadão (Arnaldo Antunes/ Antonio Pinto ), que diz:

"É sinal de educação,
Fazer sua obrigação,
Para ter o seu direito de pequeno cidadão"